O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë



Hoje resolvi falar um pouquinho sobre esse livro magnífico que tive o imenso prazer de ler!
O morro dos ventos uivantes.
É um clássico da literatura, é intenso, é forte, uma história que não separa os vilões dos mocinhos, mas mostra cada personagem como humanos, com cada lado da face. Mostra as fraquezas, e os pontos fortes de cada um, trazendo à tona que cada ser humano é uma complexidade e não se deve rotular ninguém de bom ou mau, pois por trás de tudo há um motivo. Pela época em que foi escrito, não separar as personagens em boas e más era novidade.
Confesso que passei horas e horas lendo esse livro sem conseguir parar, apesar da leitura dele ser mais cansativa pra quem está acostumado com os autores atuais. A linguagem é mais difícil, é encantadoramente perfeito!
A história gira em torno de um romance entre Catherine Earnshaw e Heathcliff, um cigano adotado pela família Earnshaw (que não foi bem recebido por ninguém, exceto por Cathie e Nelly - a criada).
É um amor tão intenso que transcendeu a morte.
O livro também conta sobre a vingança de Heathcliff sobre todos aqueles que o fizeram mal. Ele é muito cruel, impassível.
Eu me apaixonei pela intensidade desse romance, me apaixonei por todos os aspectos... O amor por vezes doentio, a vingança esmagadora..

Um trecho que me chamou a atenção:

- Que ela desperte em meio dos tormentos! - gritou ele com terrível veemência, batendo com os pés e gemendo, em um súbito paroxismo de desgovernada paixão. - Será que ela mentiu até o fim?! Onde está ela? Lá não... no céu não... consumida não... onde? Oh! Tu dizias que não davas importância a meus sofrimentos! E eu... eu rezo uma oração... hei de repeti-la até que minha língua se entorpeça... Catarina Earnshaw, possas tu não encontrar sossego enquanto eu tiver vida! Dizes que te matei, persegue-me, então! A vítima persegue seus matadores, creio eu. Sei que fantasmas têm vagado pela terra. Fica sempre comigo... encarna-te em qualquer forma... torna-me louco! Só não quero que me deixes neste abismo, onde não te posso encontrar! Oh, Deus! É inexprimível! NÃO POSSO VIVER SEM A MINHA VIDA! NÃO POSSO VIVER SEM A MINHA ALMA!

(O desespero de Heathcliff em "O morro dos ventos uivantes", de Emily Brontë)

Leiam!

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