Branca como o leite, vermelha como o sangue.


Ganhei este livro de aniversário, em abril, mas só depois de muito tempo consegui lê-lo... E enfim, hoje terminei :)
Posso dizer que este livro é muito bom. Muito bom mesmo.
Traz o ponto de vista de um adolescente no colégio - Leo - no início um tanto imaturo, sabidão, popular e fútil.. Mas com os acontecimentos supervenientes ele amadurece, e a cada página percebemos seus medos, suas angústias, até mesmo seus retrocessos, até que ele abre os olhos para a vida como nunca antes pensou que poderia fazer.
Ele é motivado por Beatriz, Silvia, e o Sonhador.
Beatriz, seu amor platônico, que, por pelo menos metade do livro ele não tem contato direto. Uma menina ruiva, de olhos verdes, branca, incontestavelmente amada por Leo - mas que não sabe disso.
Silvia, sua melhor amiga, ou, como ele a descreve, sua "Fada Azul", seu porto seguro, sua casa. Uma menina estudiosa, cabelos negros e olhos azuis como o mar ou o céu, por isso de Leo dizer que ela é sua "Fada Azul", além do fato de ela ser seu ombro amigo e confortá-lo em tudo.
E o Sonhador, que no início Leo julga ser um "professor fodido, como todos os professores", mas que ganha a confiança dele com seus dizeres sobre a vida e os sonhos.
Um aspecto interessante deste livro é a linguagem que Leo usa para descrever como se sente em relação a praticamente tudo. Ele compara suas emoções a cores.
O vermelho é a vida, é a paixão, é o sangue.
O branco é o silêncio, o vazio, o medo, a morte.
Ele abomina o branco, pois se sente vazio, sem vida.
O grande acontecimento deste livro se dá pela doença que Beatriz desenvolveu: Leucemia.
Leo descreve a doença de sua amada de forma simples, dizendo que seu sangue "está ficando branco".
A partir daí ele entra em conflito consigo mesmo, com sua personalidade forte, com seu medo de perder Beatriz para o branco total - a morte.
Em meio a crises e reações tipicamente adolescentes, ele percebe que sua vida tem que ter mais sentido do que ele julgava que tinha.
Faz de tudo para se aproximar de Beatriz e ajudá-la a passar por toda a dificuldade da doença.
Também se nota que Leo não acredita em Deus. Acha que se Deus existe, é um ser ruim, pois deixou Beatriz adoecer.
Mas quando ele soube que ela escrevia "cartas para Deus", resolveu que "se Beatriz escreve cartas para Deus, certamente ele existe".
Não vou dizer o que acontece no livro inteiro, mas é muito gostoso de se ler. As páginas passam voando, pois Leo é muito direto no que diz, muito objetivo, não fica muito tempo no mesmo assunto, logo, os fatos ocorrem de maneira ligeira, cada um com seu devido comentário raivoso ou entusiasmado de Leo.
Fica a dica para uma ótima leitura, super recomendado!

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